QUEBRAR O RAPPORT
QUEREMOS ESTAR SEMPRE EM RAPPORT?
Não. Há situações em que é importante não criar rapport.
Imagine-se, por exemplo, que uma pessoa está a ter um ataque de falta de ar. Se inconscientemente entrar em rapport com ela, poderá começar a sentir-me mal e a não conseguir ajudá-la. Neste tipo de situações não deveremos sincronizar e espelhar para que não entremos em rapport.
Ocasionalmente, poderá ser ecológico para a pessoa ou adequado ao contexto interromper a fluência da comunicação, quebrando o Rapport. Da mesma forma que o Rapport é estabelecido e mantido por meio do espelhamento, o ato de não espelhar, intencionalmente ou não, os elementos da fisiologia e do comportamento, levará ao resultado contrário, ou seja, à interrupção ou quebra do “Rapport”.
INTERROMPER O RAPPORT
Por vezes também poderá ser importante interromper o rapport. No entanto, isto deverá ser feito com atenção para que a outra pessoa não se sinta desrespeitada. Devemos quebrar o rapport da mesma forma que desligamos um candeeiro. Fazemo-lo carregando no botão para que quando necessitarmos o possamos ligar novamente. Não chegamos e partimos a lâmpada.
Poderá ser necessário quebrar o rapport, por exemplo, quando temos de terminar uma conversa longa e já temos outros compromissos. Quando necessitar de o fazer, altere os seus gestos, a sua postura corporal ou altere o tom da sua voz para algo diferente da outra pessoa. Faça-o duma forma delicada, comece devagar e vá acelerando as diferenças gradualmente.
Algumas notas sobre rapport:
- Estabeleça rapport antes de esperar ser ouvido. Esta é uma regra essencial para uma boa comunicação.
- Preocupe-se genuinamente com a outra pessoa. Demonstre um interesse verdadeiro.
- Rapport não é imitar. Se a pessoa achar que o está a imitar ou a fazer mímica, não só não conseguirá estabelecer rapport como a pessoa ainda poderá achar que está a gozá-la. Deve adotar uma forma sutil de acompanhar a outra pessoa.
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