MODELO MILTON

Milton Erickson (1901-1980) foi considerado o hipnoterapeuta mais influente do nosso            tempo. Foi modelado em 1974 por John Grinder e Richard Bandler.

O Modelo Milton é um conjunto de padrões que se utilizam para induzir um estado alterado de consciência (transe) numa pessoa.

O modelo Milton usa os mesmos padrões do metamodelo, mas duma forma invertida. Enquanto o metamodelo faz perguntas para obter detalhes específicos que faltam nas frases, o modelo Milton faz, propositadamente, afirmações muito gerais.

Vejamos as principais diferenças entre o Metamodelo e o Modelo Milton:

• O modelo Milton faz afirmações muito gerais, duma forma intencional. Pretende-se relaxar a pessoa com quem se está a falar.
• O Metamodelo faz perguntas para obter detalhes específicos em falta nas frases.

Tal como no Metamodelo, no modelo Milton vamos encontrar omissões, generalizações e distorções.

O modelo Milton usa uma linguagem hipnótica para sobrecarregar a mente consciente e, assim, aceder facilmente ao inconsciente. Sendo uma linguagem vaga o inconsciente procura as suas próprias experiências e enquanto o faz entra num estado alterado de consciência, permitindo a entrada da mensagem terapêutica.

O estado alterado de consciência ou transe é um estado de atenção focada. É um estado em que estamos focados mais nos nossos sentimentos ou pensamentos internos do que no mundo exterior à nossa volta. O inconsciente torna-se mais acessível e dessa forma o terapeuta pode ajudar o cliente a fazer mudanças.

O transe é um estado perfeitamente normal. Todos nós podemos passar por vários estados de transe ao longo do dia. Já alguma vez deu consigo a chegar a um determinado local sem se lembrar do caminho que fez? Ou já alguma vez viajou nos seus pensamentos enquanto alguém falava consigo não conseguindo dizer o que a pessoa estava a falar? Ou já viu televisão tão focado que não ouvia outras pessoas a falarem?

Pois é, ao longo do dia passamos por várias experiências que são estados alterados de consciência. É um mecanismo extraordinário que temos para lidar com o excesso de informação.

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