O mapa não é o território (Korzibski)
A afirmação “o mapa não é o território” é da autoria de Korzybski, um matemático polaco, que a colocou num artigo publicado em 1933 na Science & Sanity. Mas o que significa concretamente? Analisando-a à letra, significa isso mesmo. Podemos ter um, dois, três, dez ou cem mapas da cidade de Lisboa. Nenhum deles a vai transformar na cidade de Lisboa ela mesma. São apenas mapas e cada um enfatiza detalhes específicos. Podemos ter um mapa que destaca mais os monumentos históricos da cidade, outro que evidencia a rede de metropolitano e as suas paragens outro ainda que proponha uma rota gastronómica… todos são representações de Lisboa mas nenhum é Lisboa como um todo.
Fazendo a ponte para a PNL, nós apreendemos tudo o que nos rodeia através dos cinco sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar). Ou seja, através dos órgãos sensoriais, ligado ao nosso sistema interno de crenças, construímos o nosso próprio mapa da realidade. Mas esse mapa não é a realidade. Porquê? Observe, por uns segundos, a quantidade de estímulos que existem à sua volta. O nosso cérebro não consegue prestar atenção a todos eles em simultâneo. Assim, o que ele faz é filtrar, fazendo-nos tomar consciência daquilo que, para nós, de acordo com o nosso sistema de crenças, é importante. Voltando ao exemplo do mapa de Lisboa, significaria que iríamos escolher o mapa de acordo com a experiência que quereríamos tirar da cidade: os amantes de História, provavelmente escolheriam o mapa dos monumentos enquanto que os amantes de boa comida, levariam consigo o mapa com a rota das tascas.
Cada pessoa cria o seu próprio mapa de mundo e respondem aos acontecimentos da vida de acordo com o seu mapa. O mapa é baseado nas convicções sobre a identidade, pelo conjunto de valores e crenças, bem como pelo seu conjunto de memórias.
Não existe um mapa mais certo do que outro, apenas pessoas com diferentes histórias, percursos e experiências, que fruto disso criaram necessariamente diferentes representações internas.
Por isso, quando não compreender o comportamento de alguém, lembre-se que essa pessoa pode ter um mapa diferente para um mesmo território. Procure perceber que mapa construiu essa pessoa, como é o mundo da perspetiva dessa pessoa.
É sempre bom reconhecer que se para mim aquele mapa não faz sentido, com grande probabilidade, o meu mapa também não fará sentido para aquela pessoa. Não há um mapa mais certo do que outro.
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